Em 22 de setembro de 1928, o médico e bacteriologista britânico Alexander Fleming descobriu por acaso a Penicilina, revolucionando o tratamento de infecções, com impacto direto na longevidade da população.
Coincidentemente, desde 1994, esse mesmo dia foi escolhido para estimular uma reflexão sobre a excessiva dependência do automóvel na vida das pessoas, como #DiaMundialSemCarro.
Sustentabilidade, saúde e bicicletas
Apesar das cidades brasileiras ainda apresentarem baixo engajamento com relação à sustentabilidade, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam melhora significativa no mais recente relatório da empresa Arcadis sobre as cidades mais sustentáveis em mobilidade no mundo, subindo das 79ª e 82ª posições em 2016 para 47ª e 63ª em 2017, respectivamente. Um dos fatores para a ascensão foi o, ainda incipiente, crescimento das ciclovias e evolução dos sistemas de bicicletas compartilhadas.
Andar de bicicleta, além de contribuir para um ambiente mais sustentável, está associado a grandes benefícios à saúde (melhor autopercepção da saúde geral, melhor saúde mental e menos sentimentos de solidão), com impactos diretos na longevidade, como identificado em recente estudo do ISGlobal (Instituto de Saúde Global Barcelona).
73% dos paulistanos trocariam o carro por uma alternativa melhor, mas menos de 2% o fazem por uma bicicleta (gráfico abaixo). Ainda estamos longe de realidades como Copenhagen, Utretch ou mesmo Amsterdam, entre as cidades mais amigáveis do mundo para ciclistas.
As vendas de bicicletas no Brasil, nos últimos 10 anos, estão estagnadas na faixa de 5 milhões de unidades, considerando os segmentos de Brinquedo, Básicas, Recreativas, Esporte e Mobilidade Urbana, sendo que a cada ano que passa o valor médio das bicicletas vendidas tem subido, demonstrando que o país está próximo do caminho seguido pelas nações mais desenvolvidas no uso de bicicletas.
O gráfico abaixo apresenta o consumo de bicicletas per capita e o agrupamento dos países em cada uma das 3 fases de uso.
Encontramos mais de 430 motivos para você
se curar de seu carro
Bicicletarias na cidade de São Paulo
Como incentivo a quem está na busca de uma nova magrela ou quer reformar a sua, identificamos mais de 430 bicicletarias na cidade, mais do que o dobro das estatísticas oficiais.
As regiões onde é mais fácil topar com uma na cidade, são Pinheiros, com 36 unidades, Vila Mariana (com 30) e Socorro (com 27). Morumbi/Vila Andrade encontramos apenas duas, ou seja, a concentração da oferta não está alinhada com a localização da demanda.
Ao avaliarmos as regiões com o maior nível de satisfação de clientes, levantamos a opinião de 5.704 consumidores, sendo que as regiões com as melhores avaliações foram as de Campo Limpo, com o índice de 93% de satisfação, Itaim Paulista, com 92% e Vila Maria/Vila Guilherme, com 91%. Já as regiões com maior destaque em insatisfação foram as de Vila Mariana, com 18% de insatisfação, Sé/Centro (17%) e Jabaquara (16%).
Ao cruzarmos a disponibilidade de pontos de venda com o nível de satisfação dos clientes, vemos que a qualidade na prestação de serviços possui maior influência nos clientes do que o tamanho e presença de bicicletarias perto do consumidor.
E você, já tomou a sua dose hoje?